Técnica avançada contra câncer de próstata está mais acessível
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O câncer de próstata mata 13 mil homens no Brasil por ano e deve chegar a 61 mil novos casos em 2016, de acordo com projeções do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença é o segundo tipo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma).
Em contrapartida, a evolução da medicina tem propiciado tratamentos novos que melhoram a qualidade de vida dos pacientes, e estão cada vez mais acessíveis. No Espírito Santo, a maior parte dos planos de saúde já oferece cobertura para uma técnica eficaz e moderna no combate a esse tipo de tumor: a Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT).
Ela consiste na aplicação de altas doses de radiação para destruir as células cancerosas, preservando ao máximo os órgãos sadios próximos à próstata, como a bexiga e o reto. A principal vantagem é que diminui os efeitos colaterais do tratamento, entre eles a impotência.
Redução de riscos
O rádio-oncologista do Instituto Radioterapia Vitória (IRV), Carlos de Freitas Rebello, explica que, em comparação com procedimentos tradicionais, essa técnica possibilita a redução de até 30% dos riscos de complicações, como necroses, dermatites, problemas gastrointestinais e urológicos.
“A concentração da irradiação no tecido doente permite ainda amenizar outros efeitos observados em pessoas submetidas a procedimentos convencionais de radioterapia, como impotência e reações inflamatórias no reto e na bexiga”, acrescenta Carlos de Freitas Rebello. Outra vantagem destacada pelo médico é a diminuição do número de dias do tratamento, viabilizada em função da possibilidade de se aplicar uma dose maior de radiação por sessão no tumor.
O uso da IMRT é baseado em cálculos complexos que, associados a softwares de última geração, orientam os dispositivos que modulam os feixes. Com isso, a área a ser tratada é cuidadosamente identificada para que o tumor seja atingido com precisão.
Rebello observa que, por proporcionar mais conforto durante e após a terapia, a técnica pode também ser utilizada nos casos em que a doença está em sua fase inicial, apresentando a mesma chance de cura da cirurgia. “O que se busca é o desenvolvimento de técnicas que possam reduzir cada vez mais os riscos de lesões às células e aos órgãos saudáveis expostos à radiação. E a IMRT é uma delas”.