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Cinco coisas que você precisa saber sobre o câncer colorretal

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Os médicos alertam: os jovens de hoje correm maior risco de ter a doença do que os do passado. Foi o que apontou um estudo recente feito nos Estados Unidos com dados de aproximadamente 490 mil pessoas.

Pérsio

Especialmente depois da década de 1980, registrou-se o aumento do número de casos. Antes era um para cada 200 mil pessoas com idade entre 20 e 29 anos, e agora são dois para cada 200 mil.

“Apesar desse crescimento, quem tem entre 60 e 64 anos continua compondo a faixa etária em que o tumor é mais incidente”, comenta o rádio-oncologista Pérsio Freitas, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).

No Brasil, um levantamento do A.C. Camargo Câncer Center mostra que, de cerca de 1,2 mil pacientes diagnosticados com câncer colorretal entre 2008 e 2015, por volta de 20% têm menos de 50 anos.

Fatores de risco

O proctologista do Hospital Metropolitano Joubert de Almeida afirma que a frequência da doença vem se expandindo em toda a população ocidental e que a causa é genética. No entanto, alguns agentes externos podem influenciar muito o seu desenvolvimento.

“O consumo de alimentos ultraprocessados, como biscoitos doces ou salgados, sopas em pó e macarrão instantâneo, que contêm alto teor de gordura, açúcar e sódio e grande densidade energética, está relacionado a diversos tipos de neoplasias, assim como a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo e o alcoolismo”, explica Joubert.

A idade avançada, a existência de familiar próximo com a doença, o fato de já ter enfrentado algum câncer anteriormente e a presença de pólipos (estruturas pré-cancerosas que se formam a partir de alterações em um grupo de células e que não geram sintomas) no intestino são outros importantes fatores de risco.

Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), devem surgir aproximadamente 34,4 mil novos casos no Brasil até o final de 2017.

Veja abaixo cinco coisas que você precisa saber sobre o câncer colorretal e fique atento!

– A média de idade no diagnóstico é de 60 anos;

– Ele é assintomático em grande parte do tempo: a maioria dos casos tem origem em pólipos, que crescem muito lentamente, podendo levar anos para se tornar malignos. Por isso, retirá-los logo quando detectados é uma forma de prevenir a doença;

– O exame de imagem do intestino (colonoscopia) é o mais recomendado para a detecção dos pólipos e também do tumor, e precisa ser realizado a partir dos 50 anos. Mas aquelas pessoas que possuem familiares (em especial os de primeiro grau) com neoplasias colorretais (pólipos e tumores) constituem grupo de risco e devem começar a prevenção bem mais cedo, a partir dos 40 anos;

– Sangramento pelo reto, alterações no funcionamento normal do intestino, dor abdominal, obstrução intestinal, mudanças no apetite, perda de peso e fraqueza são alguns sintomas que podem surgir quando o câncer já se desenvolveu;

– O tratamento pode exigir radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgia, dependendo do local, do tamanho e da extensão da doença. Porém, quanto mais precoce for a detecção, menor é o tempo de tratamento e a agressividade dele.

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