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Dia Mundial do Câncer (4/2): atenção às crianças

Conheça os principais sintomas do câncer infanto-juvenil

O câncer é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), sendo superada apenas pelos acidentes e mortes violentas. Por esse motivo, o tema da campanha do Dia Mundial do Câncer 2017 (4 de fevereiro) será o câncer infanto-juvenil.

Estima-se o surgimento de 12.600 novos casos da neoplasia na faixa etária de zero a 19 anos em 2017. A rádio-oncologista Anne Karina Kiister Leon, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), explica que existem vários tipos de câncer infanto-juvenil.

“O mais incidente é a leucemia, que ocorre em 26% dos casos. Em seguida vêm os linfomas, com 14%, e os tumores do sistema nervoso central (SNC), que representam 13%”, informa a médica.

Diagnóstico precoce

Segundo Anne Karina, o desenvolvimento da doença é mais rápido nos pequeninos do que nos adultos, o que a torna mais invasiva.  No entanto, os menores respondem melhor ao tratamento.

“Apesar de mais agressiva, há grande chance de cura quando detectada precocemente. Dessa forma, pais e responsáveis precisam ficar atentos às queixas de seus filhos, levá-los para uma avaliação com o pediatra e, se necessário, com outros profissionais de saúde”, orienta Anne Karina Kiister Leon.

Como identificar

São muitos os sinais que o corpo das crianças pode emitir e que indicam a presença de câncer. “Alguns dos principais são a pele pálida; o aparecimento de hematomas ou sangramentos, dor óssea, caroços ou inchaços, inclusive no abdômen e sem apresentarem dor ou febre; perda de peso, de equilíbrio ou de coordenação inexplicadas; tosse persistente; vômito; tontura e dores de cabeça incomuns”, aponta a rádio-oncologista.

É possível notar ainda mudanças comportamentais, como isolamento, fadiga e sonolência, e algumas alterações oculares, tais como perda de visão, pupila esbranquiçada e estrabismo de início recente.

Quanto à prevenção, a médica esclarece que não há evidências científicas suficientes que associem o adoecimento nessa idade a fatores ambientais, a exemplo da má alimentação e da falta de atividade física. “Por isso, precisamos ficar atentos aos sintomas, para que a detecção seja precoce e o tratamento também”, conclui.