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Dores na coluna podem esconder câncer

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A aposentada Arezine Lacerda, de 74 anos, começou a ter muitas dores nas costas sem justificativas, que não passavam com a utilização de analgésicos.

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Após realizar radiografias, descobriu tumor maligno na

coluna e está em tratamento. “Ela está encarando com muita positividade e certeza de que vai ficar boa. Ela é um exemplo para que as pessoas identifiquem que dores na coluna podem ser um alerta”, afirma Daniela Lacerda, filha da aposentada.

Dores na coluna podem ser comuns, mas as causas são múltiplas, como alterações degenerativas do envelhecimento e traumatismos, além de tumores, que geralmente aparecem de forma maligna. Nesse caso, o tratamento deve ser realizado imediatamente.

O ortopedista especialista em coluna do Hospital Metropolitano, doutor Lourimar Tolêdo, explica que 80% das dores na coluna, em média, são de origem muscular postural, sendo mais frequentes nas regiões lombar e cervical, consideradas de maior mobilidade.

A automedicação é uma prática comum de quem sofre com dores na coluna, recorrendo a analgésicos e anti-inflamatórios. “Os medicamentos podem mascarar problemas graves, como as lesões tumorais que devem ser diagnosticadas precocemente”, alerta o especialista.

Causas

Segundo Nivaldo Kiister, médico rádio-oncologista do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), as principais causas do tumor maligno na coluna são as metástases, originadas de tumores de outras regiões do corpo, como mama, próstata e pulmão, que migram para a região das costas; e tumores primários, como Mieloma/Plasmocitoma.

Como os sintomas do tumor nas costas se confundem com os de outras doenças, Kiister alerta sobre a importância do diagnóstico precoce: “A dor local, formigamento e paralisia dos braços ou pernas, podem levar o paciente a acreditar inicialmente em um quadro doloroso corriqueiro de problemas comuns da coluna, retardando o tratamento que deveria ser realizado para o diagnóstico do tumor”.

O diagnóstico pode ser confirmado por exames de imagem, como raios-X, tomografia e ressonância magnética. A cintilografia e PET-CT também podem ser indicadas para auxiliar o oncologista na avaliação o estágio do tumor e as indicações terapeutas.

Tratamento

“Nos casos benignos, é possível realizar a cirurgia de ressecção total da lesão, promovendo a cura da doença. Para os casos de malignos, que não respondem as terapias ou caminham para um comprometimento funcional do individuo, a cirurgia é indicada para garantir a mobilidade e diminuir o quadro de dor, devolvendo a qualidade de vida ao paciente” afirma Lourimar Tolêdo.

“É preciso observar os sinais do nosso corpo, como a dor. Ao sentir que algo está em desacordo ou fora da rotina, não hesite em procurar ajuda profissional. O resultado será sempre melhor para você”, aconselha o doutor Nivaldo Kiister.