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Especialista esclarece dúvidas sobre a radioterapia em câncer de mama

Em clima de Outubro Rosa, rádio-oncologista fala sobre diagnóstico e tratamento da doença para acadêmicos

Quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem até 95% de chance de cura. Por isso, é importante que toda mulher de 50 a 69 anos faça mamografia a cada dois anos. Para mulheres com risco elevado de desenvolver câncer de mama, tais como histórico familiar, a indicação é de iniciar mamografia e exame clínico, anualmente, a partir de 35 anos. Essas são as recomendações do rádio-oncologista Carlos Rebello, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).

 

As principais dúvidas sobre diagnóstico e tratamento de câncer de mama serão esclarecidas pelo rádio-oncologista nesta sexta-feira (4), no I Simpósio de Câncer de Mama, realizado do auditório da Emescan entre às 17h30 e 21h.

“A existência de mitos e de boatos acerca do câncer de mama podem prejudicar o tratamento das mulheres. As informações corretas são as principais armas contra a doença”, explica o rádio-oncologista.

Carlos Rebello respondeu a alguns questionamentos comuns sobre a doença. Confira:

– É sempre possível notar a doença por meio do toque nos seios?

Não, o tumor tem uma fase em que as lesões não são palpáveis. Por isso, é importante a realização de exames de imagem na faixa etária de maior risco. Mas a forma mais habitual é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor. Outros sintomas são edemas semelhantes à casca de laranja, irritação ou irregularidades na pele, dor, descamação ou saída de secreção pelo mamilo.

 

– Como é realizado o tratamento de câncer de mama? 

 

O tratamento é multidisciplinar, e envolve a atuação de vários especialistas médicos, como mastologista, radiologista, oncologista clínico, radio-oncologista, enfermeira especializada, psicólogo, fisioterapeuta e assistente social. Habitualmente, o tratamento requer cirurgia e é complementado pela radioterapia e pela quimioterapia/hormonioterapia.

 

– Para que serve a radioterapia?

A radioterapia compõe, ao lado da cirurgia e da quimioterapia, o tripé do tratamento oncológico.  É uma modalidade clínica que utiliza radiações ionizantes (como, por exemplo, o raio-X)  para combater o câncer.

 

– O que pode causar o câncer de mama?

 

Há alguns fatores que estão associados ao aumento do risco de desenvolver a doença. Mas aumentam na medida em que se envelhece. Primeira menstruação precoce, não amamentação, uso de terapia de reposição hormonal, consumo excessivo de álcool, obesidade na pós-menopausa e sedentarismo são associados ao risco. Há ainda a herança genética, responsável por menos de 10% dos cânceres de mama. A incidência pode ser maior quando os parentes acometidos pela doença são de primeiro grau (pai, mãe, irmãos, filhos).