Carnaval combina com maquiagem, glitter, lantejoulas, tintas e sprays coloridos. Mas tanto brilho custa caro à pele. Se não for bem protegida, lesões e pintas podem aparecer, aumentando os riscos de câncer no futuro. O problema mais comum é a reação alérgica, que pode ocorrer até 24 horas após a exposição a itens como maquiagem e purpurina. É fundamental observar a data de validade do produto e fazer um teste, passando um pouco na região anterior do antebraço antes de usá-lo.
A radio-oncologista Lorraine Juri, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), na Serra, afirma que além dos cuidados com a aplicação e verificação da procedência da maquiagem, é fundamental não se descuidar do filtro solar ao sair nos blocos carnavalescos. “A melhor maneira de se proteger do sol nos blocos de rua é aplicar o filtro solar cerca de 30 minutos antes de sair de casa e lembrar de reaplicá-lo a cada duas horas no decorrer do dia. É importante recorrer também a outras medidas de fotoproteção, como o uso de chapéu e óculos escuros. Também é válido ficar em áreas de sombra para evitar que o excesso de sol atrapalhe a folia”, recomenda.
Brilhos e maquiagem coloridos também devem receber atenção especial na hora de serem removidos do corpo, dando preferência a produtos como sabonetes e demaquilantes específicos. Caso a pessoa note o aparecimento de pintas e manchas pelo corpo, é preciso procurar um médico especialista para avaliar o caso. “O ideal é visitar o dermatologista pelo menos uma vez por ano para verificar pintas e manchas. Indivíduos com muitas pintas, histórico familiar de câncer de pele, pintas que coçam ou sangram ou lesões que estejam crescendo devem ficar em alerta”, afirma Lorraine Juri. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Espírito Santo mais de 3,6 mil pessoas devem ser diagnosticadas com câncer
de pele não melanoma este ano, sendo 2.210 mulheres e 1.480 homens. O Carnaval acontece de 22 a 25 de fevereiro e Lorraine Juri ainda dá uma última dica para curtir a folia com saúde: não se descuidar da hidratação. “A perda de água pelo corpo decorrente da temperatura elevada traz risco de desidratação e, consequentemente, a necessidade de reposição adequada de líquidos. Não se esqueça de beber no mínimo dois litros de água por dia”, afirma a médica.