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No mês da mulher, médico alerta para o câncer de colo de útero

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No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março), é importante manter a atenção ao câncer de colo de útero, terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Em 2016, 16.340 novos casos devem ser registrados, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Notícia 9

A doença é causada pela infecção por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV. A infecção genital por este vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer. Estas alterações são facilmente descobertas no exame preventivo (conhecido como Papanicolau), e curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a realização periódica deste exame.
Prevenção
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV. “A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual e, consequentemente, o uso de preservativos protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer através do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal”, alerta o médico radioterapeuta Carlos Rebello, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).
A vacinação e o exame preventivo se complementam como ações de prevenção desse câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada, deverão realizar o exame preventivo. “Somente a vacina não consegue proteger contra todos os subtipos do HPV que podem causar o câncer de colo do útero”, afirma Rebello.
Tratamento
O tratamento do câncer de útero depende do estágio no qual se encontra a doença no momento do diagnóstico. O tipo de tratamento dependerá da avaliação da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos.
A radioterapia utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. “Para o câncer de colo do útero, utiliza-se muito a braquiterapia. A modalidade permite o uso de fontes de radiação a curta distância, o que auxilia na preservação dos órgãos sadios”, completa o radioterapeuta do IRV.
O diagnóstico precoce eleva a chance de cura e, por isso, as mulheres devem fazer o exame ginecológico preventivo todos os anos. “Consultar regularmente o médico é fundamental para uma vida saudável. Isso porque o diagnóstico e o tratamento precoce sempre contam pontos a favor do paciente”, aconselha o doutor Carlos Rebello.