Especialista em radioterapia explica que pacientes oncológicos são mais vulneráveis e precisam redobrar os cuidados contra a Covid-19
As festas de fim de ano chegaram em meio à pandemia do novo coronavírus, que já dura nove meses. Com o número de novos casos aumentando neste mês de dezembro no Espírito Santo, a recomendação para pessoas que fazem tratamento de câncer é evitar ao máximo as aglomerações. Isso inclui as reuniões familiares de Natal e Ano Novo.
De acordo com o médico especialista em radioterapia Nivaldo Kiister, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), o paciente oncológico não pode relaxar com os cuidados, sobretudo neste momento.
“A pandemia do novo coronavírus está presente com força e enquanto a vacina não estiver disponível e a população não mudar de atitude, o quadro será este que todos conhecemos. Quanto ao paciente oncológico, o mesmo é muito mais vulnerável, portanto os cuidados deverão ser redobrados. A família que se enquadra nessa situação deverá evitar ao máximo aglomerações, porque não sabemos quem poderá ser o portador assintomático”, afirma Nivaldo Kiister. O médico explica que o atual momento é uma excepcionalidade e que todo o cuidado é pouco. Entretanto, se cada pessoa fizer a sua parte, respeitando regras de higiene, como lavar bem as mãos com água e sabão, e utilizar álcool gel; respeitar o distanciamento social e usar a máscara, em breve esta situação estará superada.
“O Natal e o Ano Novo serão diferentes de todos que já vivemos, portanto, nada de grandes encontros. Reuniões familiares, só em pequenos grupos. Se houver pessoas presentes que não fazem parte da convivência diária, a orientação é usar todos os cuidados já amplamente divulgados. Abraços e beijinhos vamos deixar para depois da vacina”, disse Nivaldo Kiister.
O especialista orienta ainda que pessoas com sintomas gripais não participem de reuniões familiares em que estejam presentes pessoas que fazem tratamento oncológico. “O ideal é que elas fiquem isoladas até que o quadro clínico esteja definido”, disse.
Já com relação àqueles que tiveram Covid-19 e se recuperaram, Nivaldo Kiister disse que embora estejam temporariamente protegidos, não devem se descuidar. Ou seja, durante encontros familiares precisam usar máscara, fazer o distanciamento social e seguir as regras de higiene. “Elas deverão continuar seguindo todos os cuidados, como se não tivessem adoecido ainda”, pontua.
Cuidados com a ceia
O Ministério da Saúde, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgou uma cartilha educativa para as festas familiares de fim de ano.
A respeito da ceia natalina, a orientação é oferecer bebidas em embalagens individuais (latas ou garrafas), arrumadas em baldes com gelo, para que as pessoas possam se servir sozinhas.
Segundo a publicação, o ideal é evitar o compartilhamento de utensílios para servir a comida. Pratos e bebidas em recipientes não individuais devem ser servidos por uma única pessoa. O responsável deve lavar as mãos antes de servir e sempre usar a máscara.
A cartilha orienta que pessoas do grupo de risco celebrem Natal e Ano Novo apenas com quem vive na mesma casa.