Tratamento Radioterápico permite vida normal
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A radioterapia é uma das técnicas utilizadas no tratamento de câncer, que deve atingir 596 mil brasileiros em 2016, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Antes de iniciar ou durante o tratamento radioterápico, muitos pacientes ficam em dúvida sobre a qualidade de vida até a restauração da doença.
Entre as questões mais frequentes está a convivência com família: “Muitos pacientes acham, de maneira errada, que devem se afastar durante o período de tratamento. A radioterapia não torna a pessoa radioativa, por isso não há necessidade de mudanças nos contatos pessoais”, afirma o médico rádio-oncolongista Nivaldo Kiister, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).
Segundo o médico, o contato contribui para o sucesso do procedimento, já que a família atua no apoio e incentivo ao paciente. “Ações como abraçar, segurar uma criança no colo, cumprimentar com aperto de mão, entre outras comuns no dia a dia não devem ser modificadas”, acrescenta.
Alimentação
Não há necessidade de grandes modificações na alimentação. No entanto, o paciente deve incluir nas refeições diárias frutas, verduras, cereais, carnes, para que possa obter todos os nutrientes de que o organismo precisa. É importante que o paciente esteja sempre bem alimentado, para ter melhores condições de reagir aos possíveis efeitos colaterais, que variam conforme o tipo de câncer.
Para a prática de atividades físicas, também não há contraindicação durante o período de tratamento. Porém, é bastante comum que ocorra fadiga durante o tratamento. Por esta razão, o paciente deve estar atento para não forçar suas condições físicas, e estabelecer horários de descanso durante o dia.
Trabalho
A maioria dos pacientes pode e deve continuar trabalhando durante o tratamento, a menos que as atividades habituais sejam bastante pesadas e exijam muita condição física. Na maioria das vezes, é necessário apenas ajustar o período e o horário das sessões, para que possa entrar em acordo e ser dispensado do trabalho, quando for preciso.
As tensões físicas e emocionais com o tratamento podem contribuir para que haja uma diminuição no interesse sexual, mas a prática não é proibida: “Em alguns casos, os efeitos podem causar desconforto na pelve. No entanto, é importante que o paciente saiba que a radioterapia por si só não o impede de manter relações sexuais normalmente”, completa Kiister.